Pela manhã, ouro, à tarde prata e à noite mata. É o que se costuma discursar do melão. “Não tenho dúvida que é pelo motivo de no momento em que vamos ao campo, na manhã cedo pra segurar o melão, está fresquito de ter passado a noite, a temperatura perfeita de 18 ou 20 graus. E à capacidade que vão passando as horas, o melão, ante o sol de La Mancha, no verão, vai suavizando por dentro e ao aparecer a noite neste instante não tem aquela textura crocante da manhã”.
O explica José Vicente Albert, diretor de Ferimel, a única feira de esse fruto que há em Portugal e que é exercido a cada dois anos em Membrilla, que, apesar do nome, pode ser declarada a capital mundial do melão.
Conta Albert, que os agricultores perdem dinheiro, que vendem abaixo do que lhes custa fornecer a fruta. Essa temperatura extrema permite que o melão cresça prieto, o segredo de que teu sabor seja “açucarado como os doces” e sua textura crocante. “E, além do mais, pra qualquer dieta, é impressionante”, sinaliza o diretor de Ferimel, que prontamente está centrado em mandar mais melões manchegos pro exterior.
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“Só se exporta 5%, muito insuficiente. Falta-Nos a cultura de exportação e vamos tentar mudar essa tendência. É uma pena, já que você vai lá fora e vê que o melão que é sucesso pela Europa é este anão e amarelo que não podes competir com o sabor do nosso”. Os que sim ‘competir’ com os produtores manchegos são esses outros estandes de melões que delimitam os postos de gasolina da A4, essa ‘reta’ que liga Madrid Andaluzia. Paramos em um deles, perto de Puerto Lápice.
Lá tem fabricado o seu estendal Massoud, um marroquino de cinquenta e três anos que dê nessa estação de serviço pra todas as horas do dia e durante quase três meses. O que ganha é o que vai levar a tua família de Marrocos para puxar o resto do ano. Vende o melão, a em torno de 2 euros a peça, 60 cêntimos o quilo.
Também possui melancias e alho, mas os melões se reunem em uma montanha diante a qual o homem se detém uma etapa pra escolher o incrível pro viajante. Antes me oferecer uma cala. Está sabrosísima. Junto ao posto, uma pequena carrinha em que dorme de madrugada, quando a clientela se deixa cair com conta-gotas.
Mas se sente as pisadas do consumidor, ele se levanta e abre a portezuela. A Massoud não lhe pergunto na procedência dos melões. Melhor. O diretor de Ferimel diz que diversos dos que são comercializados nessas postos de gasolina são roubados ou comprados a valor muito baixo pros armazéns onde se descartam os piores.